Fala, Investidores! Se você está de olho na Petrobras (PETR3; PETR4), boas notícias podem estar a caminho. O Itaú BBA revisou sua análise da estatal e, agora, recomenda a compra dos papéis. Com um preço-alvo de R$ 48 até 2025, o banco vê um potencial de alta de 31% para as ações da Petrobras, tanto PETR3 quanto PETR4.
O que está por trás dessa recomendação?
Segundo os analistas do Itaú, a Petrobras está sendo negociada a um múltiplo EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) de 3x e com um preço sobre lucro de apenas 4,3x. Além disso, os dividendos previstos podem atingir até 14%, um rendimento bastante atrativo para os investidores. Em outras palavras, para quem busca retorno, a Petrobras se mostra uma opção interessante no mercado de ações brasileiro.
No entanto, a corretora também alerta para alguns fatores que podem impactar esse potencial. O preço do petróleo, a política de preços dos combustíveis da empresa, o ritmo de crescimento da produção e a execução do capex (investimentos) são variáveis importantes que podem mexer com o desempenho da Petrobras nos próximos anos.
Como o mercado reagiu?
Após a divulgação do relatório do Itaú, o mercado se movimentou. Às 11h37 da manhã, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiam 1,83%, enquanto as ordinárias (PETR3) tinham uma alta de 1,31%. Isso mostra que o mercado está atento e reagindo às projeções mais otimistas para a estatal.
O próximo Plano Estratégico da Petrobras, que será divulgado em novembro, também está no radar dos investidores. O plano para 2025-2029 deve trazer alguns ajustes e novos projetos que foram apenas repriorizados pela empresa. O foco principal, segundo os analistas, continuará sendo o crescimento da produção e a reposição das reservas.
Capex e os desafios para 2025
Um ponto importante na análise do Itaú BBA é o capex (investimentos em capital). Para 2025, os analistas não esperam um grande salto nesses investimentos. A orientação de capex da Petrobras para 2024 está entre US$ 13,5 e 14,5 bilhões, e a expectativa é que a companhia aumente essa cifra em mais de 50% para atender à orientação de 2025. No entanto, o Itaú BBA acredita que isso é improvável, considerando o histórico da estatal.
A previsão do banco é de uma revisão para baixo, em torno de 15%, no capex para 2025, o que deixaria o valor em US$ 19 bilhões. Após excluir despesas com leasing e assumir uma subexecução de cerca de 15%, o capex real da Petrobras para o próximo ano poderia ficar próximo de US$ 16 bilhões.
Preço do petróleo: um fator decisivo
Outro fator relevante para a Petrobras é o preço do petróleo. O Itaú BBA projeta um preço médio de US$ 81 por barril para 2024, US$ 77 para 2025 e US$ 72 para 2026, com uma queda para US$ 70 em 2027. Além disso, a política de preços da Petrobras, que inclui um desconto de 5% para o diesel e 8% para a gasolina em relação à paridade de importação, também é um fator que pode influenciar nos resultados futuros.
E o que o Goldman Sachs tem a dizer?
Na semana passada, o Goldman Sachs também revisou suas projeções para a Petrobras. O banco reduziu em 10% o preço-alvo das ações, principalmente por conta da queda de 20% nos preços do petróleo tipo Brent desde junho. A nova estimativa do Goldman é de R$ 39,40 para o papel preferencial da Petrobras (PETR4), ante os atuais R$ 36,87.
Ainda assim, o Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra, destacando que o fluxo de caixa livre da Petrobras está com um spread de 3 pontos percentuais em comparação aos principais pares globais. Isso significa que, mesmo com a queda no preço do petróleo, a estatal brasileira ainda se mostra atrativa em termos de fluxo de caixa.
A revisão do Goldman Sachs se baseia na nova projeção de preços do petróleo, que agora variam entre US$ 70 e US$ 85 por barril. Esses novos números refletem uma demanda mais fraca da China, uma produção mais forte do que o esperado nos Estados Unidos e surpresas positivas nos estoques da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O que esperar daqui pra frente?
Se você é investidor da Petrobras ou está pensando em se tornar um, é importante ficar de olho nas próximas movimentações. A recomendação de compra feita pelo Itaú BBA e a redução no preço-alvo pelo Goldman Sachs mostram que há uma mistura de otimismo e cautela no ar. O futuro da Petrobras dependerá de fatores como a execução de novos investimentos, a política de preços dos combustíveis e, claro, as variações nos preços do petróleo.
Por enquanto, os analistas estão confiantes de que a Petrobras tem potencial de valorização. Com um preço-alvo de R$ 48 até 2025 e um rendimento de dividendos atraente, a estatal pode continuar sendo uma boa oportunidade para quem busca retorno no mercado de ações.