As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) têm se destacado no mercado, atraindo a atenção de investidores e especialistas. Este ano, os papéis da estatal acumularam um bom desempenho, com crescimento próximo a 20%. Só no último dia 25, as ações PETR3 subiram 1,36%, chegando a R$ 41,05. Mas o JP Morgan acredita que ainda há mais espaço para crescimento.
Perspectiva otimista dos grandes bancos
Recentemente, o JP Morgan elevou sua recomendação para as ações ordinárias da Petrobras, passando de “neutro” para “compra”. O banco estabeleceu um preço-alvo de R$ 49, o que representa um potencial de valorização de 21% sobre o valor atual. O argumento principal? Um sólido fluxo de caixa livre e uma avaliação de mercado que está abaixo do esperado, o que torna a Petrobras uma das principais apostas no setor de óleo e gás na América Latina.
Outro fator relevante é a eficiência nos custos operacionais da estatal. O JP Morgan destaca que a Petrobras tem uma grande vantagem competitiva, especialmente quando comparada com outras petroleiras brasileiras, que não têm conseguido alcançar os mesmos resultados. A resiliência operacional da companhia, especialmente com seus ativos no pré-sal, garante uma produção com custos baixos, mesmo em momentos de queda nos preços do petróleo.
Desafios na gestão e o impacto nos dividendos
Um ponto de preocupação entre investidores sempre foi a gestão da Petrobras, principalmente no que diz respeito à influência governamental. No entanto, o JP Morgan avalia que, apesar de possíveis riscos relacionados à alocação de capital, a companhia ainda tem potencial para entregar retornos robustos.
Embora exista um temor sobre o impacto de fusões, aquisições e aumentos no Capex (despesas de capital) nos dividendos, o banco acredita que a Petrobras conseguirá manter uma política de dividendos atrativa. O cenário fiscal do Brasil também favorece essa perspectiva, criando uma aliança de interesses entre acionistas majoritários e minoritários no curto prazo.
A Prio também no radar dos investidores
Além da Petrobras, outro nome que brilha no setor é a Prio (PRIO3). O JP Morgan também vê um grande potencial de valorização nessa empresa, com um preço-alvo de R$ 62, oferecendo uma possível valorização de 33%. A Prio se destaca pela sua capacidade de geração de caixa e pelos promissores projetos de expansão, como os de Wahoo e Albacora Leste.
Análise do BB Investimentos
Outro grande banco, o BB Investimentos, também revisou suas expectativas para a Petrobras, sugerindo um novo preço-alvo de R$ 48,50 tanto para PETR3 quanto para PETR4 até 2025. Utilizando o método de Fluxo de Caixa Descontado (DCF), o banco enxerga a Petrobras como uma empresa que, apesar dos desafios de longo prazo, como a reposição de reservas e pressões ambientais, ainda é capaz de gerar resultados sólidos.
Em termos de dividendos, o BB Investimentos destaca que a Petrobras tem oferecido uma remuneração aos acionistas muito superior à de outras grandes petroleiras globais, graças à forte geração de caixa e à gestão eficiente de sua dívida. Em 2025, a expectativa é de uma distribuição de 36% do lucro líquido, com possibilidade de pagamentos extraordinários.