Se você está de olho no mercado imobiliário, prepare-se para uma novidade que pode mudar o jogo. Dois fundos imobiliários, o HSI Log (HSLG11) e o Capitaia Logística (CPLG11), acabaram de fechar negócios importantes. Eles compraram terrenos em Curitiba, no Paraná, com um objetivo claro: construir centros de distribuição para o Mercado Livre, uma das gigantes do e-commerce.

Construções em Curitiba para o Mercado Livre

Esses fundos estão apostando forte em um modelo conhecido como built to suit, que basicamente significa que eles vão construir os centros de distribuição de acordo com as necessidades do Mercado Livre. A expectativa é que tudo fique pronto até o terceiro trimestre de 2025. E não é pouca coisa: a área bruta locável (ABL) do projeto chega a quase 92 mil metros quadrados! Além disso, o contrato inicial é de 10 anos, mostrando o compromisso de longo prazo do Mercado Livre em expandir suas operações no Brasil.

O CPLG11 foi o que desembolsou a maior parte do dinheiro. Eles pagaram cerca de R$ 70,3 milhões por 251,5 mil metros quadrados de terreno. Para financiar essa compra, o fundo vai emitir um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), uma estratégia comum para esse tipo de negócio.

Já o HSLG11 garantiu 92,7 mil metros quadrados, desembolsando R$ 21,4 milhões. O diferencial aqui é que esse valor será pago com o dinheiro que já tinham em caixa, sem precisar de financiamento externo.

Expansão da Logística do Mercado Livre

Essa nova construção em Curitiba é parte de um plano maior do Mercado Livre. Segundo Fernando Yunes, vice-presidente da empresa, o objetivo é quase dobrar o número de Centros de Distribuição no Brasil, passando de 10 para 21 centros. Isso vai permitir que a empresa atenda melhor e mais rápido seus clientes em diferentes regiões do país, algo essencial para se manter competitivo no mercado de e-commerce, que cresce a passos largos.

Enquanto Isso, o IFIX Sofre

Se por um lado os fundos imobiliários estão se movimentando para crescer, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) não está indo tão bem. Na última quarta-feira (25), o IFIX fechou com uma queda de 0,30%, atingindo 3.293,73 pontos, o que representa o pior resultado do ano até agora.

No mês, o cenário também não é animador: o índice acumula uma queda de 2,94%, com 18 pregões seguidos no vermelho. No acumulado do ano, a situação também mudou, com uma baixa de 0,54%.

Destaques do IFIX

Mesmo com o cenário difícil, alguns fundos conseguiram se destacar de forma positiva. O XP Industrial (XPIN11) teve uma alta de 1,52%, fechando o dia a R$ 39,91. Logo atrás, o Vinci Offices (VINO11) registrou alta de 1,20%, sendo cotado a R$ 5,07. Outro que se deu bem foi o JS Ativos Financeiros (JSAF11), que subiu 1,00%, encerrando a R$ 93,14.

Aqui está um resumo dos fundos com as maiores altas no pregão:

Por outro lado, os fundos que mais caíram também merecem destaque. O Rio Bravo Fundo de Fundos (RBFF11) teve a maior queda, despencando 2,62%, com suas cotas valendo R$ 57,89. Outro fundo que sofreu foi o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11), que caiu 2,03%, encerrando o dia a R$ 112,35.

Veja a tabela com os fundos que mais perderam valor:

O Que Isso Significa para Você?

Se você investe em fundos imobiliários ou está pensando em entrar nesse mercado, essas informações são essenciais. Por um lado, temos fundos que estão apostando na expansão de um setor crucial como a logística, especialmente com um cliente forte como o Mercado Livre. Por outro, o IFIX vem apresentando resultados fracos, o que pode preocupar quem já está investindo.

Fique atento às movimentações e veja onde estão as melhores oportunidades de investimento. Em momentos de volatilidade, fazer escolhas estratégicas pode ser a diferença entre obter bons retornos ou enfrentar perdas.